25 abril 2006

25 de Abril

O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Salgueiro Maia – Foto Alfredo Cunha
Poema 25 Abril – Sophia MB Andresen

22 abril 2006

Lenine

Vladimir Ilitch Ulianov, nasceu a 22 de Abril de 1870 em Simbirsk, próximo do rio Volga. Ficou para a história conhecido por Lenine, nome que adoptou aos 47 anos de idade quando resolveu chefiar em Petersburgo um grupo de trinta bolcheviques revolucionários para alterar por completo a ordem estabelecida. Quando morreu, sete anos mais tarde, tinha transformado o império russo dos czares na União das Républicas Socialistas Soviéticas (U.R.R.S)

14 abril 2006

Abraham Lincoln

Lembrado como o presidente que emancipou os escravos de seu país, Lincoln é considerado um dos inspiradores da moderna democracia e uma das maiores figuras da história americana.

Lincoln assumiu atitude antiesclavagista e transformou-se no paladino dessa tendência após o debate que travou com o senador democrata Stephen Douglas. Em 1858, candidato ao Senado pelo novo Partido Republicano, perdeu as eleições para Douglas, mas tornou-se líder dos republicanos. Em 1860, disputou o pleito para a presidência da república e elegeu-se o 16º presidente dos Estados Unidos.

Embora considerado conservador ou reformista moderado no início da presidência, as últimas proposições de Lincoln foram avançadas. Preparava um programa de educação dos escravos libertados e chegou a sugerir que fosse concedido, de imediato, o direito de voto a uma parcela de ex-escravos. Inclinou-se também à exigência dos radicais por uma ocupação militar provisória de alguns estados sulistas, para implantar uma política de reestruturação agrária.

Em 14 de abril de 1865, Lincoln assistia a um espectáculo no Teatro Ford, em Washington, quando foi atingido na nuca por um tiro de pistola desferido por um escravista intransigente, o ex-actor John Wilkes Booth. Transportado para uma casa vizinha, Lincoln morreu na manhã do dia seguinte.
Lexicoteca - Círculo Leitores

09 abril 2006

Viajar no Tempo

Foi no ano de 1999 . Nessa inesquecível noite de 9 de Abril no Grande Auditório do CCB, assisti talvez, ao melhor espectáculo musical de Fausto. São raros os momentos de aparição de Fausto Bordalo Dias, por isso mesmo sempre tão aguardados, por quem nutre por este Cantor Maldito um respeito e uma admiração muito particulares.

Atrás dos Tempos

... Sei de vitórias e derrotas
nesta luta que se há-de vencer
se quem trabalha não se esgota
no seu salário sempre a descer
olha a polícia
olha o talher
olha o preço da vida a subir
mas quem mal faz
por mal espere
se o tirano fez a fresta
p'ra fugir
que atrás dos tempos vêm tempos
e outros tempos hão-de vir
Mas esse tempo que há-de vir
não se espera como a noite
espera o dia
nasce da força que transpira
de braços e pernas em harmonia
já basta tanta desgraça
que a gente tem no peito
a cair
não é do povo
nem da raça
mas do modo como vês o porvir
que atrás dos tempos vêm tempos
e outros tempos hão-de vir

Fotos de Guta Carvalho

01 abril 2006

Mário Viegas





Decorria o ano lectivo de 1967/68 na Escola Industrial e Comercial de Santarém! Numa das aulas desse  ano lectivo da disciplina de Português, a professora responsável levou nesse dia um gira-discos muito simples  e com ele um disco LP ( Long Play, como se chamava na época). Depois da  necessária preparação a uma audição aceitável por toda a turma,  lá ouvimos com toda a atenção indispensável a voz inconfundível do grande declamador de poesia, João Villaret. Na altura, confesso que não atribuí demasiada  valorização ao gesto  professora. Passaram-se uns bons pares anos, entrei na vida profissional e aí por meados dos anos setenta, ouvi pela primeira vez na televisão um actor a que todos atribuíam dotes excepcionais de dizer poesia, chamava-se Mário Viegas. Comecei a seguir mais de perto o percurso profissional do Mário! Era sem dúvida quem melhor sabia declamar os nossos poetas e dizer as nossas poesias. Corajoso em expor aquilo que entendia estar certo, firme na defesa de valores em que acreditava, frontal e directo nos seus pontos de vista e sempre com imensos projectos por realizar. Enfim, um grande Homem e um excelente Actor que sempre recordamos com imensa saudade.

Ah, já me esquecia, a professora de Português chama(va)-se Mariana Viegas e foi ela quem me ensinou a saber gostar de poesia.



Foto -  Fernando Negreira